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sexta-feira, 15 de abril de 2011

27) Parece Brincadeira Mas Não É

          No site da Seretaria Municipal de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro http://www.rio.rj.gov.br/web/sme no link da Multirio, podemos encontrar vários textos informativos. Dentre eles, selecionei este que nos alerta sobre esse assunto que tem invadido nossos pensamentos nos últimos dias.



Parece brincadeira, mas não é
Larissa Werneck

          Você já deve ter percebido que no seu grupo de amigos – seja na escola, no prédio ou na rua em que você mora – cada um possui uma característica diferente. Um é mais baixo, outro, mais gordo, uma usa óculos, outro é ruivo, uns são tímidos e outros falam pelos cotovelos. Por causa dessas características, é comum surgirem brincadeiras de mau gosto e apelidos maldosos que criticam desde os aspectos físicos até a maneira como o outro se veste. Alguns exemplos são: “rolha de poço”, “quatro-olhos”, “ferrugem”, “girafa”, entre outros. Mas, muitas vezes, essas simples brincadeiras ultrapassam o limite e perdem a graça. Dos apelidos surgem outras formas de intimidação e humilhação que causam constrangimento.




          Para esse tipo de comportamento, comum entre jovens e adolescentes, os americanos deram o nome de bullying. O termo não possui tradução em português, e nós brasileiros passamos a utilizá-lo para descrever atitudes praticadas por uma ou mais pessoas que têm o objetivo de intimidar e humilhar alguém ou um grupo mais fraco.



          Muito combatido por professores e educadores, o bullying não é atual. Mas suas consequências são maiores do que imaginamos. Segundo Maria Apparecida Mamede, pedagoga e doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), quem sofre o bullying acaba desenvolvendo mecanismos de defesa para se afastar do problema. “O adolescente passa a evitar atividades sociais, como ir a festas, por exemplo. É comum também percebermos uma piora do desenvolvimento escolar desse aluno”, explica. Ainda segundo Maria Apparecida, o bullying precisa ser denunciado. “Quem sofre o bullying costuma fingir que nada está acontecendo. Por isso, é preciso que a vítima seja encorajada a enfrentar a situação e que converse com seus responsáveis. Caso o bullying ocorra no ambiente escolar, a direção, a coordenação e a orientação também precisam ser comunicadas, diz.





Cyberbullying

          Orkut, Facebook, Msn, Twitter. Todas essas redes sociais fazem parte do nosso dia a dia. Nelas podemos manter contatos com os amigos da escola, postar fotos, enviar links, criar comunidades sobre a nossa banda predileta, etc. No entanto, muitas pessoas utilizam essas redes como meios de fazer bullying.



          Esse tipo de bullying, praticado na internet, é chamado de cyberbullying. O cyberbullying pode, então, ser definido como “atitude que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar outrem”. Ou seja, no cyberbullying utiliza-se da tecnologia para ameaçar, humilhar ou intimidar alguém por meio das novas ferramentas de comunicação. Ele pode ser visto em comunidades criadas com o objetivo de ofender e xingar pessoas, na manipulação de fotos e nos e-mails ofensivos que invadem o espaço íntimo da vítima.


 

Umas das mais graves características do cyberbullying é o anonimato, já que as chances de descobrir o autor das ações são muito menores no ambiente virtual. “Quem pratica o cyberbullying é covarde”, afirma a professora Maria Apparecida Mamede.


 


Tudo tem seu preço
          De acordo com a delegada Hellen Sardenberg, da Delegacia de Crimes Virtuais do Rio de Janeiro, algumas formas de bullying realizadas no espaço virtual podem configurar crimes contra a honra, como injúria, quando se ofende a honra subjetiva de outra pessoa; calúnia, quando acusamos alguém injustamente e difamação, quando ofendemos a reputação de outro na sociedade. Em casos extremos o bullying deve ser tratado como crime e, no ano passado, a delegacia recebeu três denúncias. Pode parecer pouco, mas para a delegada “esse número é alto para um fenômeno recente. No entanto, antes de levar o caso à delegacia é importante que o problema seja debatido, primeiro, em casa ou no ambiente escolar”, explica Hellen Sardenberg.
          Segundo a delegada, se o autor do bullying for menor que 18 anos ele responderá à infração de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, podendo ter como pena desde uma advertência até a internação em centros de recuperação. “É dever dos responsáveis e da escola evitar o problema. A primeira educação vem da família. Os responsáveis devem estabelecer limites do que o jovem pode ou não fazer na internet. E a escola também se torna responsável a partir do momento em que o bullying for feito dentro do ambiente escolar”, afirma Hellen.
          Um caso ocorrido recentemente em Rondônia mostra que a internet está na mira das autoridades. O Tribunal de Justiça do estado propôs uma ação em defesa de duas jovens menores de 18 anos que foram alvo de cyberbullying em comunidades do Orkut. A Google, empresa criadora da rede social, foi condenada por danos morais e terá de pagar uma multa diária de 5 mil reais referente aos dias em que as comunidades estiveram no ar. Além disso, a empresa foi obrigada a identificar os moderadores e participantes que postaram os comentários ofensivos.
          O que aconteceu em Rondônia reflete a importância de agirmos com ética e respeito às diferenças, mesmo no ambiente virtual. “O cyber espaço serve de suporte tanto para o bem quanto para o mal. No caso do cyberbullying ele é utilizado para o mal”, finaliza a pedagoga Maria Apparecida Mamede.

 
Fonte:
http://multirio.rio.rj.gov.br/familia/aluno/index.php?option=com_k2&view=item&id=106:parece-brincadeira-mas-não-é&Itemid=13



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