ESCOLA TRADICIONAL:
ESCOLA CONSTRUTIVISTA:
ESCOLA MONTESSORIANA:
ESCOLA WALDORF:
ESCOLA BILÍNGUE:
ABORDAGEM COMPARATIVA DOS MÉTODOS DE ENSINO TRADICIONAL E CONSTRUTIVISTA
Modelo da Escola Tradicional
Este modelo, inspirado nas organizações militares e fabris, desenvolveu-se ao longo do século XIX, e ainda hoje subsiste em muitas organizações escolares, sobretudo ao nível das práticas quotidianas.
Tipo de Gestão:

Relação Professor-Aluno:
Trata-se de um modelo que centra as suas preocupações na vontade dos alunos, na memória destes para reter ordens, normas recomendações, mas também na disciplina, obediência e no espírito de trabalho. A instrução tende a ser magistral e a cultura transmite-se compulsivamente. A relação é a de superior-adulto que ensina a inferior-aluno que aprende mediante a instrução, e em clima de forte disciplina, ordem, silêncio, atenção e obediência em relação aos valores vigentes. Os programas são centralizados.
Curriculum:
O saber aparece sob a forma de unidades isoladas de estudo. É um saber enciclopédico que se atomiza segundo as capacidades cognitivas dos alunos, sempre no quadro duma inteligência definida de modo muito limitado. O curriculum está totalmente centralizado, cuja concepção e administração compete à administração central. Os professores tem pouca capacidade de variação dos conteúdos programáticos. O controle é feito através de exames nacionais, e por um conjunto de provas de seleção entre os diferentes níveis de ensino.
Processo Didático:
Preconizam-se os métodos dedutivos de ensino-aprendizagem, o aluno recorre o caminho de aprendizagem do abstrato para o concreto, do geral para o particular, do remoto para o próximo. Ora como nunca há tempo par concluir os programas, o aluno fica sempre numa fase abstrata, sem qualquer ligação com a sua vida, conforme escreve Manuel Alvarez Fernández. A preocupação central do professor concentra-se na memorização e a repetição dos conceitos.
Materiais Didáticos:
O modelo está centrado nos livros de texto repletos de conteúdos informativos e conceituais, fragmentados de forma a serem mais facilmente memorizados.
Avaliação dos alunos:
Controle da aprendizagem realiza-se unicamente mediante exames, que refletem a capacidade retentiva e acumuladora dos alunos.
Modelo da Escola Construtivista
Tipo de Gestão:
Trata-se do modelo de uma escola cuja atividade se centra em torno de um projeto educativo comum, e de um projeto curricular que sistematiza a vida da escola. Todas as estruturas da escolas são envolvidas na aprovação dos seus documentos essenciais, assim como na sua avaliação. Esta gestão requer uma direção dirigida para a planificação, a animação do processo, a gestão dos recursos e estruturas, procurando suscitar permanentes consensos.
Relação Professor-Aluno:
O professor é um mediador no processo de ensino-aprendizagem. Compete-lhe programar, orientar, organizar, proporcionar recursos, e animar as diferentes atividades proseguidas pelos alunos; não é um mero instrutor, nem um simples avaliador. Ele ajuda o aluno a relacionar os novos conhecimentos novos com os anteriores, deixando que este controle todo o processo.
Curriculum:
A definição do curriculum corresponde ao que a escola decidir, em função das suas necessidades específicas, e tendo em conta as metas fixadas pelo Estado. Este curriculum é portanto aberto e flexível.
Processo Didático:
O aluno avança no conhecimento com a mediação do professor através da planificação e organização dos recursos ( tempo, materiais, conhecimento das suas capacidades), a ação (atividades que conduzem à descoberta) e o controle, que permite refletir e observar a própria prática. O processo didático fundamenta-se na aprendizagem significativa e numa metodologia inspirada na investigação-ação.
Materiais Didáticos:
Os manuais escolares e outros suportes de caráter instrumental são transformados em projetos curriculares a desenvolver na prática da aula. O aluno que enfrenta situações de aprendizagem diferentes necessita de materiais curriculares variados, e adequados às novas situações.
Avaliação dos Alunos:
Parte do pressuposto que, em educação, os progressos da aprendizagem amadurecem muito lentamente, não se manifestam de maneira imediata. Por conseguinte é necessário relativizar a avaliação como medida de um produto, importa mais o prosseguimento do processo. Não valorizamos condutas observáveis, mas sim capacidades adquiridas no processo.
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